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História do Esquentador a Gás

O esquentador a gás é um aparelho elegante e discreto, para produção exclusiva de água quente sanitária, particularmente adaptado a habitações pequenas e a utilizações pouco intensivas. É uma solução económica e que consome pouca energia pois funciona somente quando há necessidade de água quente. A sua potência é adaptável ao débito de água quente desejado e ao número de pontos de consumo (torneiras de água quente). A água é aquecida num permutador exposto ao calor das chamas de queimadores, pelo que a saída de água quente é instantânea e não fica limitada à quantidade disponível num depósito. Para funcionarem, só necessitam de um combustível que pode ser gás Propano, Butano ou Natural, e alguma pressão da rede de água.
Nos dias de hoje, é muito provável que seja através do funcionamento de um destes aparelhos, que tenhamos água quente a qualquer hora, quando abrimos uma torneira da cozinha ou da casa de banho.

Mas a história da utilização de gás, para aquecimento da água, teve uma lenta evolução, bastante semelhante à verificada com o fogão de cozinha.
A ideia de aquecer água, para utilização doméstica, por meio de gás, remonta a meados do séc. XIX. Antes de os esquentadores serem inventados, a água era aquecida numa lareira ou num fogão.

A primeira tentativa de usar gás, para produzir água quente para uso doméstico, data de cerca de 1850. Usava queimadores de gás que aqueciam directamente por baixo, uma banheira de metal e a água contida no seu interior. Não está esclarecido se o gás devia ser desligado antes de se entrar no banho!

O primeiro aquecedor instantâneo de água doméstico (esquentador) que não utilizava combustível sólido, viria a ser inventado por Benjamin Waddy Maughan, que era decorador no distrito de Clerkenwell em Londres. Deu ao dispositivo o nome de geyser, inspirado numa palavra islandesa, que é o nome de uma fonte termal de água quente. Patenteou o geyser no dia 23 de Dezembro de 1868. No seu projecto, a água fria entrava pelo topo do aparelho, e descia através de arames, aquecidos por um queimador que estava colocado por baixo. A água quente corria então para a banheira ou bacia. Não incluía qualquer tubo de chaminé para extrair da casa de banho o ar viciado ou os gases queimados na combustão, sendo por esta razão bastante perigoso. Um impressionante exemplar do geyser de Maughan está em exposição no Museu da Ciência em Londres. Os acessórios são de bronze e a cobertura é pintada em verde marmoreado. Está apoiado em três pernas curvas e exibe as Armas Reais.


Imagem Esquentador - Benjamin Maughan

Nos finais do séc. XIX surgiram importantes evoluções. Em 1880, a água passou a ser aquecida, num cano enrolado numa bobina, sem entrar em contacto directo com as chamas.
Em 1930, foi introduzido o acendimento automático através de uma chama piloto. Charles Lloyd Braitwaith e Edward O'Brian, criaram a válvula que alimentava de gás o queimador apenas quando a torneira se abria, aquecendo a água que circulava através da bobina. Um pouco mais tarde, a maioria dos esquentadores já dispunha de uma chaminé que fazia a tiragem dos gases de combustão.
No séc. XX a eficácia e segurança destes dispositivos foi sendo gradual e significativamente melhorada, tornando-os comuns e contribuindo para a melhoria da saúde pública e facilitando os hábitos de higiene.

Autor: Carlos Silva - Este texto resulta de um trabalho de adaptação e tradução, a partir de pesquisas realizadas na internet, em 2009.
Caso pretenda utilizar este texto, cite o autor e o endereço do site com uma ligação para esta página.
A imagem utilizada pertence a http://www.sussexcrafts.com

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